Quatro super-heróis se unem no “A Iniciativa Vingadores” — Thor, O Incrível Hulk, Capitão América e Iron Man — uma união dos maiores poderes do mundo, convocados quando o mal cósmico ameaça o planeta.
Essa é a história por detrás de Os Vingadores (2012), um filme que reúne esses quatro super-heróis numa liga. E as audiências têm respondido. Em seus três primeiros dias nos cinemas dos Estados Unidos, o filme alcançou o recorde esmagador de 200 milhões de dólares em bilheteria.
Somos atraídos por esse time de super-heróis porque eles são uma equipe convocada para suprimir o mal. Mas quando saímos do cinema, nos deparamos com perguntas. Por que não vemos Deus destruindo o mal com espada, martelo e punhos? Onde Deus está quando coisas ruins acontecem? Onde Deus está quando os indefesos são abusados? Onde Deus está quando ditadores malignos são seguidos? Onde Deus está quando órfãos são traficados? Por que Deus não intervém na história e acaba com as forças das trevas?
Ansiamos que Deus entre neste mundo, pegue os ditadores orgulhosos e egoístas, os falsos messias e os abusadores. Queremos que Deus pegue o mal pelos pés, como Hulk com o auto-proclamado salvador Loki, e o chicoteie violentamente no concreto como uma boneca de pano. “Deus franzino”, é a única fala de Hulk no filme, e é muito verdadeira. Loki é um deus franzino nas mãos de um Hulk vivo.
VINGADOR
“Vingança” é um substantivo, “vingar” é um verbo, e os Vingadores são especialmente ativos em sua defesa contra o mal. Eles são os mocinhos, mas são aqueles que nos lembram que o ato de violência é correto — às vezes. Mas quando, e por quem?
Quando necessário, o governo pode desembainhar a espada e vingar como um servo do Vingador (Romanos 13.4). Mas isso nunca é verdadeiro sobre a Igreja.
“Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.” (Romanos 12.19)
Em vez de vingança, os cristãos são chamados a oferecer os dois lados da face, perdoar 70 vezes 7, não pagar o mal com mal, e não vingar nada. Somos livres para viver com gentileza e tolerância pois, como Paulo menciona, Deus é o Vingador.
Deus é aquele que paga todo ato mal de pecado e rebelião com sua justa vingança. Para aqueles que se humilham na cruz, a ira do Vingador por nossos pecados — passados, presentes e futuros — caiu sobre Cristo. Para os impenitentes e para aqueles que vivem em contínua rebelião contra Deus, o fogo eterno do inferno revelará a ira do Vingador.
VINGADOR
Em todo caso, na cruz ou no julgamento eterno, a vingança de Deus é revelada contra cada ato de rebelião, cada ato de pecado. No final, sua vingança é uma revelação de si mesmo.
“Só existe um Deus”, disse o Capitão América.
“Deus somente é o Vingador”, escreveu Martinho Lutero.
“O SENHOR Deus, a quem a vingança pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente”, cantou o salmita (Salmos 94.1).
Essa não é como a raiva de retaliação de Hulk. A vingança brilhante de Deus é sua resposta justa ao pecado. É a sua santa sanidade. É uma revelação de si mesmo a qual os cristãos são chamados a adorar.
E embora os Vingadores sejam chamados para restringir as forças malignas, eles são um eco distante dAquele que destroçou, e irá novamente, destroçar o mal, e o fará para sempre.
A vingança de Deus nos lembra que nenhum de nós pode escapar do poder do pecado e de suas justas consequências. Gostaríamos de mudar o foco para os ditadores galáticos malignos, mas não podemos escapar da realidade que somos todos culpados de rebelião por ignorar a Cristo. E Deus é o Vingador de toda rebelião, assim como de nosso motim egocêntrico que despreza o seu Filho amado. O Vingador virá “tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (2 Tessalonicenses 1.8).
Esse julgamento está chegando. Em breve! Pela fé, vemos a justa vingança vindoura de Deus e corremos para o Sangue de Cristo, e encontramos em Cristo o lugar onde a vingança da santa ira de Deus foi derramada e extinguida, de forma que nossa alegria possa ser plena e completa para sempre.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – maio/2012.
Fonte: Desiring God
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