Uma professora ensinava uma aula de alunos do terceiro grau. Nesta aula
havia uns 10 alunos, todos na faixa de oito anos.
Um dos seus alunos era um menino chamado Filipe. Filipe tinha síndrome
de Down. Apesar de aparecer feliz, Filipe mostrava cada vez mais sua
sensibilidade. Ele se sentia diferente dos outros alunos.
Se vocês conhecem algumas crianças de 8-10 anos vocês devem saber que as
vezes elas podem ser um pouco insensíveis. É justamente nesta idade
também que a criança está querendo cada vez mais ser aceito pelos seus
amigos.
Infelizmente, Filipe, apesar dos esforços da professora, não foi aceito
pelos outros meninos. Mesmo assim, a professora fez tudo possível para
que Filipe se sentisse uma parte da turma.
Filipe não escolheu ser diferente. Ele não queria ser diferente dos
outros alunos mas ele era. E todos sentiram isso.
Esta professora foi bastante criativa. Um ano, durante a páscoa ela
levou para a sua aula dez ovos plásticos vazios. Cada aluno iria receber
um ovo. O objetivo era que cada aluno saísse para o jardim e procurasse
um símbolo de vida renovada, de vida nova, um símbolo da Páscoa.
Depois, eles iam misturar todos os ovos e abri-los para ver o que tinha
dentro.
Todos os alunos saíram correndo para achar algo para colocar dentro do
seu ovo. Em pouco tempo, todos voltaram e depositaram seus ovos numa
mesa. Daí a professora começou a abrir os ovos.
Ela abriu um e dentro tinha uma flor. Todas as criança ficaram
admiradas. Ela abriu outro e tinha dentro uma borboleta. As meninas
disseram "Ai que lindo! Que bonito!" Os meninos não disseram muita coisa
, por que meninos são assim, não é?
A professora abriu um terceiro ovo, mas não tinha nada dentro.
Imediatamente todos começaram a rir e gritar "Isso não está certo. Que
coisa boba. Alguém errou!"
Foi quando a professora sentiu alguém puxando sua blusa. Ela olhou e viu
que Filipe estava ao seu lado.
"É meu" disse Filipe. "É meu." As crianças começaram a rir e dizer "Ai
Filipe, você nunca faz nada certo! Você tá sempre por fora!"
"Eu fiz certo, eu fiz" disse Filipe. "É o túmulo. O túmulo está vazio!"
Toda a aula ficou em silencio. Ninguém disse nada. E você pode
acreditar, ninguém nunca mais disse a Filipe que ele era estúpido ou que
fazia sempre as coisas erradas. De repente Filipe foi aceito pela
turma.
Naquele mesmo ano Filipe faleceu. Sua família sabia por muito tempo que
ele não ia viver uma vida longa.
Muitas coisas estavam erradas com seu pequeno corpo. No final de Julho,
com uma infecção que qualquer um dos seus amigos teriam sobrevivido,
Filipe faleceu. Seu velório foi realizado na igreja que os pais dele
freqüentavam.
No dia do seu velório, nove crianças de oito anos de idade foram para a
frente da igreja e colocaram em cima do seu caixão um ovo de plástico -
vazio.
Como o menino Filipe, nosso Senhor Jesus Cristo foi visto e tratado por
todos que o conheceram como alguém diferente.
Ele também não foi compreendido. Não foi entendido.
Ele foi rejeitado. Foi perseguido.
Jesus também deixou uma herança - algo vazio - seu túmulo.
Quando você pensar sobre seu próprio túmulo, com toda sua finalidade,
com todo o poder que ele tem sobre você, com toda sua humilhação,
lembre-se de uma coisa. Um dia seu túmulo estará vazio - graças a Jesus.
de Harry Pritchet Jr. em Jornal de Teologia de St. Luke's (St Luke's
Journal fo Theology) (Junho 1976) citado em "Um Guia de Oração Para Todo
o Povo de Deus" (A Guide to Prayer for All God's People), Nashville,
Tenn, E.U.A.: Upper Room Books, 1990. pp. 326-329.
FONTE: www.hermeneutica.com
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