sábado, 14 de janeiro de 2012

Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro completa 150 anos


Na última quinta-feira, dia 12 de janeiro, a Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro completou 150 anos de construção. A solenidade realizada na noite de ontem contou com programação especial, que teve o lançamento das medalhas e dos selos comemorativos do Sesquicentenário, seguido de um coquetel Gospel. Em seguida foi realizado o lançamento da Pedra Fundamental (marco que aponta para a construção do edifício Simonton) após o remembramento dos terrenos que são da igreja desde 1870. Em seguida aconteceu a pregação feita pelo presidente do Supremo Concílio da IPB, reverendo Roberto Brasileiro Silva. Acompanhe um pouco da história da Igreja Presbiteriana do Brasil.

A Primeira Igreja Presbiteriana do Brasil, a Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro foi fundada em 12 de janeiro de 1862, marco inicial da Igreja Presbiteriana do Brasil, sob a orientação do missionário Ashbel Green Simonton, pastor de 26 anos, recém chegado dos Estados Unidos, que fundou a igreja recebendo em profissão de fé os primeiros dois membros.

Em maio de 1867, a igreja passa a se reunir em um local onde hoje é o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Neste edifício funcionava uma Escola de Alfabetização de Adultos, um Salão de Culto, um depósito de livros e o pioneiro que teve como primeiros alunos os reverendos Antônio Bandeira Trajano, Modesto Carvalhosa e Miguel Torres. Como o salão de culto ameaçava cair, os membros passaram a se reunir em um prédio onde hoje é a atual rua Visconde do Rio Branco. Este foi o quinto local.

Depois da morte de reverendo Simonton, um novo  e último local foi designado para a instalação da igreja. O reverendo Alexander Latimer Blackford adquiriu uma propriedade por treze contos de réis em dezembro de 1870. A igreja permanece neste endereço até hoje, na rua Silva Jardim. Com ofertas de irmãos de igrejas presbiterianas dos EUA, somadas com as doações dos irmãos do Rio de Janeiro, foi possível construir um local mais apropriado para o culto e para a reunião dos fiéis. Ainda não era possível chamar templo, pois as leis do então Império Brasileiro não permitiam que religiões diferentes da oficial do Estado, então o Catolicismo Romano, construíssem locais de culto com arquitetura litúrgico-religiosa.

Assim, em 29 de março de 1874, foi inaugurado em culto solene o primeiro Templo Presbiteriano no Brasil. Coube ao reverendo Blackford a construção deste primeiro templo.

A história continua
Em 22 de agosto de 1926 foi instalado no pastorado efetivo da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, o reverendo Mattathias Gomes dos Santos. Verificando o estado do Templo, ele refaz o projeto de construção de um novo edifício; para isso convidou o Arquiteto Ascânio Viana, que projetou o novo local de culto. Assim, selecionando fotografias de templos e catedrais da Europa e da América, a opção foi pelo estilo neogótico.

Com a aposentadoria do pastor Mattathias, em 1947, assume o pastor auxiliar, o reverendo Amantino Adorno Vassão. O tempo passou e o revestimento externo em pó de pedra e os belos ornatos cederam e precisaram de uma primeira restauração em 1960. Em 12 de agosto de 1976 foi concluída a obra complementar. Passados cerca de 30 anos das primeiras obras realizadas, o templo precisava de uma nova restauração. Em 1981, rev. Guilhermino Cunha assumiu o pastoreio da Catedral. Dentre as muitas realizações destacam-se a restauração e conclusão do Projeto do engenheiro Ascânio Viana, um sonho que muitos fiéis do passado esperavam.

Em 1989 o pastor Guilhermino, junto com a Comissão de Obras, resolveu iniciar a restauração do templo. Seguindo o projeto original de 1927, com o auxílio de fotografias antigas, o arquiteto e urbanista diácono Josias Alves de Souza iniciou um estudo construindo protótipos dos ornatos para auxiliar na reforma. “Erguendo as torres para a glória de Deus”, este foi o título da campanha. Em 7 de julho de 2002, em culto solene, o pastor da igreja declarava concluída a restauração do Templo da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro. As flechas sobre as torres nunca antes construídas, torreões e a fachada posterior foram feitas e refeitas para glória de Deus e testemunho do Evangelho.

Fonte: IPB com lpc.org.br
Adaptação: Milton Alves

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