Depois de Jesus, Paulo deve ser a
pessoa mais influente na história da fé cristã. A conversão de um
inimigo zeloso dos cristãos para um advogado incansável do evangelho, se
classifica entre uma das histórias mais dramáticas das escrituras. Seus
anos de ministério o levaram a inúmeras cidades na Ásia Menor e na
Europa. Ele também escreveu treze cartas que estão incluídas no Novo
Testamento.
EDUCAÇÃO
Apesar de ter nascido em Tarso,
Paulo testifica que cresceu em Jerusalém e que estudou sob a tutela de
Gamaliel (Atos 22:3). Não é muito claro quando que Paulo chegou a
Jerusalém, mas é provável que ele tenha começado os seus estudos
rabínicos entre seus 13 e 20 anos.
SAULO O PERSEGUIDOR
Pouco tempo depois dos eventos
que mudaram o mundo, a ressurreição de Jesus e o pentecostes, os membros
de certas sinagogas em Jerusalém, inclusive uma sinagoga da Cilícia
(Atos 6:9), da terra nativa de Paulo, resolveram anular a nova igreja.
Eles lutaram contra a sabedoria e o espírito (6:10) de Estevão (6:5,8).
Eles o acusaram de blasfêmia diante do sinédrio (6:11-15) e, depois de
sua defesa eloqüente (7:1-53), arrastaram-no para fora da cidade, aonde
ele foi apedrejado até a morte. Ele se tornou o primeiro mártir
cristão.
O registro não revela
inteiramente qual era o papel de Paulo nesses procedimentos, mas sabemos
que ele era um participante ativo. As testemunhas contra Estevão, que
eram encarregados de jogar as pedras na execução, "puseram as suas
vestes aos pés de um jovem chamado Saulo" (Atos 7:58). A morte de
Estevão iniciou os eventos que resultariam na conversão e na empreitada
de Paulo como o apóstolo dos gentios. Mas, naquele tempo, Paulo era um
líder dos opressores da igreja. Ele respirava ameaças e mortes contra os
discípulos do Senhor (Atos 9:1); ele perseguiu a igreja de Deus e
tentou destruí-la (Gálatas 1:13) prendendo mulheres e homens cristãos
(Atos 22:4) em muitas cidades.
A CONVERSÃO E O CHAMADO
Paulo recebeu cartas do sumo
sacerdote em Jerusalém, endereçadas às sinagogas em Damasco,
autorizando-o a prender os crentes de lá e trazê-los a Jerusalém para
julgamento (Atos 9:1-2). Quando ele estava perto de Damasco, uma luz
vinda do céu "a qual excedia o esplendor do sol" apareceu em volta de
Paulo e os que estavam viajando com ele, e eles caíram no chão
(26:13-14). Somente Paulo, no entanto, podia ouvir a voz de Jesus, que
lhe dizia que ele seria o instrumento escolhido por Cristo para trazer
as boas novas aos gentios (26:14-18). Paulo foi guiado até Damasco,
temporariamente cego (9:8). Lá, o discípulo Ananias e a comunidade
cristã o ajudaram através do evento inquietador de sua conversão
(9:10-22). Depois de um curto período com a igreja de lá, Paulo começou a
proclamar a Cristo ressurreto publicamente, e os judeus ameaçaram Paulo
de morte (9:20-22). Ele foi protegido pelos que criam e escapou de seus
perseguidores (9:23-25).
A conversão de Paulo foi de uma
importância tão revolucionária e duradoura que há três relatos
detalhados desse evento no livro de Atos (Atos 9:1-19; 22:1-21;
26:1-23). Paulo se refere a ela muitas vezes nas suas próprias cartas (1
Coríntios 9:1; 15:8; Gálatas 1:15-16; Efésios 3:3; Filipenses 3:12). A
transformação deste perseguidor zeloso de Jesus Cristo em o defensor
chefe do evangelho (1 Coríntios 3:10; 1 Timóteo 1:13) mudaria
profundamente o curso da história mundial.
OS ANOS FINAIS E O MARTÍRIO
Se assumirmos que Paulo é o
autor das cartas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito), podemos traçar
o provável curso dos eventos dos últimos anos de Paulo. Romanos 15:28
mostra que a intenção de Paulo era entregar as arrecadações e ir em
direção a Roma e depois para a Espanha. O fato de ele ter sido preso em
Jerusalém não só atrapalhou seus planos mas também o fez perder tempo
que ele queria gastar em outro lugar. Nós sabemos que algum tempo depois
de 61 D.C., Paulo deixou Tito em Creta (Tito 1:5) e viajou através de
Mileto, sul de Éfeso. Viajando em direção a Macedônia, Paulo visitou
Timóteo em Éfeso (1 Timóteo 1:3). No caminho, Paulo deixou seu manto e
seus livros com Carpo em Trôade (2 Timóteo 1:3). Isso indica que a
intenção dele era voltar ali para pegar as suas coisas.
De
Macedônia, Paulo escreveu sua carta afetuosa porém apreensiva a Timóteo
(62-64 D.C). Ele havia decidido passar o inverno em Nicópolis (Tito
3:12), noroeste de Corinto, mas ainda se encontrava na Macedônia quando
escreveu esta carta a Tito. Essa carta é parecida com 1 Timóteo, mas com
um tom mais rigoroso. Nela há uma última referência ao eloqüente e
zeloso Apolo (Tito 3:13), que ainda trabalhava para o evangelho por mais
de dez anos depois de ter conhecido Paulo em Éfeso (Atos 18:24). Neste
ponto da história o caminho de Paulo é desconhecido. Ele pode ter
passado o inverno em Nicópolis, mas ele não retornou a Trôade como ele
havia planejado (2 Timóteo 4:13).
Em
algum ponto os romanos provavelmente o prenderam novamente, pois ele
passou um inverno em Roma na Mamertime Prison, passando frio na cela
gelada de pedra enquanto escrevia a sua segunda carta a Timóteo (66-67
D.C). Ele podia estar antecipando isso quando pediu para Timóteo lhe
trazer o seu manto (2 Timóteo 4:13,21). Nós só podemos especular quais
eram as acusações contra Paulo; alguns sugerem que Paulo e os outros
cristãos podiam ter sido acusados (falsamente) de terem incendiado Roma.
Era, no entanto, contra a lei pregar a fé cristã. A proteção que havia
sido dada aos judeus tinha sido retirada dessa nova religião estranha.
Paulo sentiu o peso dessa perseguição. Muitos o abandonaram (2 Timóteo
4:16), inclusive todos os seus colegas na Ásia (1:15) e Demas que amava
ao mundo (4:10). Apenas Lucas, o médico e autor do livro de Lucas e
Atos, estava com ele quando ele escreveu a sua segunda carta a Timóteo
(4:11). Crentes fiéis que estavam escondidos em Roma também manteram
contato (1:16; 4:19, 21).
Ele
pediu a Timóteo que viesse ao seu encontro em Roma (4:11), e
aparentemente Timóteo foi. O pedido de Paulo que Timóteo o trouxesse
seus livros e o seu pergaminho indica que ele estava estudando a palavra
até o fim. O apóstolo Paulo teve duas audiências diante dos romanos. Na
sua primeira defesa só o Senhor ficou do seu lado (2 Timóteo 4:16). Lá
não só ele se defendeu como também defendeu o evangelho, ainda na
esperança que os gentios escutassem sua mensagem. Aparentemente não
houve um veredicto, e Paulo foi "livre da boca do leão" (4:17). Apesar
de Paulo saber que morreria em breve, ele não temeu. Ele foi assegurado
que o Senhor o daria a coroa da justiça no último dia (4:8). Finalmente,
o apóstolo em si escreveu encorajar todos os que criam "O Senhor seja
com o teu espírito. A graça seja com vosco" (2 Timóteo 4:22, RSV).
Depois disso, a escritura não menciona mais Paulo.
Nada sabemos sobre a segunda audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte.
Não
temos nenhum relato escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente
executado antes da morte de Nero no verão de 68 D.C.. Como um cidadão
romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os seus companheiros
de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele foi
decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou
Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses
1:23).
Fonte de Pesquisa: vivos.com.br com averdadequelibertavoce.blogspot.com
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