A ex-mulata da Rede Globo, fala de seu encontro com Deus após ter sido despedida da Globo depois da sua segunda gravidez. Em conseqüência disso, entrou em depressão profunda, pois se sentia traída pela emissora e assim tentou de todas as formas ficar com emprego fazendo lipoaspiração e plástica nos seios.
Mesmo recorrendo às plásticas e regimes drásticos ela não consegui-o reverter à situação.
Com isso tudo se viu desamparada, pois o seu mundo estava ruindo e ela não tinha a quem recorrer, foi aí que lembrou de um convite de havia recebido de alguns amigos da globo que se reunião na hora de almoço para fazerem culto.
Depois desta reunião sua vida tomou novos horizontes. Apesar de seu esposo ainda não ter se convertido, continua firme no Senhor e crendo que toda sua família servirá a Ele
Antes de se tornar evangélica tinha alguma religião?
Nasci em um lar um pouco misturado. Minha mãe era espírita e meu pai, budista. Cresci nesse meio, freqüentava os dois templos. Mas eu era muito jovem. Não tinha preferência por um ou por outro.
A que você atribui o surgimento de sua vocação religiosa?
Em 2004, quando meu segundo filho nasceu, a Rede Globo me avisou que estava à procura de uma nova Globeleza. Eu faria só mais uma vinheta, para o Carnaval de 2005. Estava 10 quilos acima do peso e cometi loucuras. Fiz lipoaspiração, coloquei próteses. Perdi os 10 quilos em apenas dois meses. E no fim fui mesmo substituída. Foi muito traumático, e um desrespeito enorme a mim e, principalmente, ao Hans, depois de catorze anos de trabalho. Caí em profunda depressão. Eu tinha o mundo a meus pés e, no dia seguinte, não tinha mais nada.
E por que a religião lhe pareceu uma saída?
Meu grande exemplo de vida sempre foi (a cantora gospel) Aline Barros, que tem um brilho pessoal impressionante. Eu me inspirei nela para me juntar a um grupo de funcionários cristãos evangélicos da Globo, que se reúne perto da emissora. Foi ali que encontrei Deus.
Como foi esse encontro?
Eu já conhecia Deus. Mas era algo superficial. Outro dia meu filho perguntou ao Hans se ele conhecia o Mike Tyson. E o Hans respondeu que só pela TV. Minha relação com Deus era mais ou menos assim. Quando cheguei a essa reunião, tive um encontro real. Chorei por uma hora e meia. A partir daquele momento, nunca mais me separei Dele. E hoje sou mais feliz, tenho outra visão de vida.
Em que essa visão é diferente?
Se eu não estivesse na presença do Senhor, hoje ainda estaria buscando algo que preenchesse o vazio deixado pela Globeleza. Era como se naquele momento eu fosse uma criança e a Globo tivesse tirado o pirulito da minha mão.
Que mensagem você procura passar em seus testemunhos?
Você escreve seus testemunhos ou fala de improviso?
Vou com um roteiro básico. Mas na hora escolho as palavras. Falo sobre a minha experiência de vida. Vim de uma família simples, tive dinheiro e fama, mas nada disso preencheu o vazio que havia dentro de mim. E conto como estou hoje.
Tem saudade do Carnaval?
Não. Deixei de desfilar porque já tinha vivido tudo como a Globeleza. Com fantasia, sem fantasia. Já vivi de tudo. Agora estou em outra fase, só quero curtir a infância dos meus filhos. O Carnaval é uma festa da carne, uma festa do mundo. As pessoas lá estão pecando.
Você pecava quando aparecia nas vinhetas e desfilava com o corpo coberto apenas com tinta e purpurina?
Sim. Mas eu não estava na presença do Senhor, não tinha os conhecimentos que tenho hoje.
Quais são os seus planos para o futuro?
O futuro a Deus pertence. Mas gostaria de escrever um livro com meu testemunho e minha história de vida.
Fonte: Zip Gospel e Veja
Não acredito nessas "mudanças". Elas ocorem apenas por causa das circunstâncias que não permitem mais ao "mudado", fazer o que gostava de fazer, portanto isso não passa de escapismo.
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