No final do mês passado, uma história causou comoção na Índia. A menina Mumpy Sarkar, de 12 anos, fazia parte de uma família muito pobre de Jhorpara, na região de Bengala. Mridul, seu pai, precisava de um transplante de córneas pois estava ficando cego. Ao mesmo tempo, a família sofria com a doença de Monojit, irmão de Mumpy, que precisava de um transplante de rins para não morrer. Como a família não tinha condições de pagar pelas cirurgias e achar doadores compatíveis é sempre um desafio, o desespero tomou conta de todos.
Mumpy acreditou que tinha a solução para todos os problemas. Ela iria se matar e seus órgãos seriam doados para seus entes queridos. Porém, o bilhete suicida em que explicou seus motivos e o desejo de ajudar o pai e o irmão só foi encontrado após ela ser cremada, como é costume na Índia. Somente então Monica, irmã mais velha de Mumpy, contou que sabia do plano da caçula que tentou inclusive convencê-la a fazer o mesmo, caso algo desse errado. Mas Monica não aceitou.
Mumpy bebeu uma grande quantidade de pesticida sozinha e morreu mesmo depois de ter sido levada a um hospital da região. ”Demoramos muito para entender os sentimentos de uma criança muito sensível”, lamenta Mridul. Sua esposa, Rita, teve de ser internada após entrar em estado de choque com a notícia.
Ao saber do ocorrido, políticos locais se comprometeram a ajudar a família oferecendo auxílio médico.
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