Uma verdade absoluta e inegável é que Deus é o dono de todas as coisas. Nada trouxemos para este mundo nem nada dele levaremos. Somos mordomos dos bens que Deus nos confia. Deus espera de nós fidelidade e o dízimo é um símbolo dessa fidelidade. A prática da devolução dos dízimos está presente tanto no Antigo como no Novo Testamento. Devemos honrar a Deus com as primícias de toda a nossa renda.
O profeta Malaquias elenca três razões imperativas pelas quais devemos ser fiéis na devolução dos dízimos:
1. Porque reter os dízimos é roubar a Deus (Ml 3.8) – O dízimo não é nosso, é de Deus. O dízimo é santo ao Senhor. Não damos dízimo, devolvemo-lo. Reter o que não é nosso é roubo. Reter o dízimo é roubar a Deus (Ml 3.8). É apropriar-se indebitamente daquilo que deve ser consagrado ao Senhor. Reter o dízimo é desamparar a Casa de Deus. É deixar de cooperar com ele em sua obra. A retenção do dízimo é um sinal de enfraquecimento espiritual. Sempre que o povo se afastou de Deus, deixou de trazer os dízimos ao Senhor. Por isso, Malaquias diz que devemos nos tornar para Deus antes de trazer o dízimo de Deus (Ml 3.7). Quando trazemos nosso coração para Deus, os dízimos vêem junto. É importante ressaltar que Deus não precisa de dinheiro. Ele é dono de todo o ouro e de toda a prata. Ele quer nossa fidelidade. Deus sabe que onde está o nosso tesouro, aí estará o nosso coração. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Se servirmos às riquezas, não poderemos servir a Deus. Se confiarmos no dinheiro, não poderemos confiar em Deus. Se a nossa confiança estiver na provisão, não estará no provedor.
2. Porque reter os dízimos é roubar a nós (Ml 3.9-11) – Apropriar-se indevidamente do dízimo de Deus é atrair maldição sobre nós em vez de bênção (Ml 3.9). É fechar as janelas dos céus sobre nós em vez de têlas abertas. É suspender o derramamento das bênçãos em vez de experimentá-las copiosamente (Ml 3.10). É dar espaço ao devorador na vida financeira em vez de vê-lo repreendido (Ml 3.11). É semear muito e colher pouco. É receber salário e colocá-lo num saco furado (Ag 1.6). A Bíblia diz que reter mais do que é justo é pura perda. Tentar enganar a Deus, trazendo apenas uma parte dos dízimos como se estivéssemos sendo fiéis na devolução é mentir ao Espírito Santo e esse pouco que trazemos Deus o rejeita e o assopra (Ag 1.9). Deus não é Deus de resto, mas de primícias. Quando o povo trouxe animais cegos, doentes e aleijados para o sacrifício, Deus não apenas rejeitou a oferta, mas também os ofertantes (Ml 1.8-10). O dízimo não é um expediente usado por Deus para subtrair de nós o que temos, mas um recurso de Deus para nos abençoar ainda mais. Dízimo não é subtração, mas multiplicação. Deus mesmo é quem nos dá a semente e quem multiplica a nossa sementeira.
3. Porque reter os dízimos é roubar os outros (Ml 3.12) – Os olhos das nações estavam sobre Israel. Quando o povo de Deus o honrava na devolução dos dízimos, sua prosperidade e felicidade eram um testemunho eloqüente perante os povos. As nações, então, seriam atraídas para conhecer o Deus de Israel. Por outro lado, a desobediência do povo em trazer ao Senhor os dízimos, sinalizava sua decadência espiritual e essa atitude, afastava as nações do conhecimento de Deus. Nossas ações têm conseqüências não apenas em nossa vida, mas também, na vida dos outros. Quando retemos os dízimos privamos a nós mesmos de bênçãos e privamos outras pessoas também de verem em nós a graça de Deus. Reter os dízimos é roubar a Deus, a nós e aos outros. Reter os dízimos é contabilizar perdas financeiras, emocionais e espirituais. Reter os dízimos é um pecado de desobediência, infidelidade e incredulidade. Que Deus nos ajude a sermos fiéis ao Deus fiel. Que Deus nos ajude a devolvermos a ele o que lhe é santo, e isso em resposta ao seu dom inefável!
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