“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente
considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente
dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros” (Filipenses
2:3-4).
O amor constrói relacionamentos; o egoísmo corrói relacionamentos.
Não é de se admirar que Paulo seja tão insistente em seu apelo: “Nada
façam por ambição egoísta ou por vaidade” (Filipenses 2:3).
Mas nós não nascemos egoístas? E se nascemos, podemos fazer alguma
coisa a respeito disso? Podemos tirar nossos olhos de nós mesmos? Ou,
perguntando melhor, podemos tirar o pequeno nós mesmos dos nossos olhos?
De acordo com as Escrituras, podemos.
“Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma
exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e
compaixão completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar”
(Filipenses 2:1-2).
O sarcasmo de Paulo é velado. Há alguma motivação? Alguma exortação?
Alguma comunhão? Então sorria!
Qual é a cura para o egoísmo?
Tire-se do seu olho tirando seu olho de si mesmo. Pare de olhar para
esse pequeno eu e foque em seu grande Salvador.
Um amigo que é um ministro da Igreja Anglicana explica a razão pela
qual ele termina suas orações com o sinal da cruz. “O toque da minha
testa e do meu peito faz um ‘I’ maiúsculo (eu, em inglês). O gesto de
tocar primeiro em um ombro e depois no outro corta o ‘I’ (eu) ao meio”.
Esse não é um trabalho da Cruz? Um “eu” menor e um Cristo maior? Não
foque em si mesmo; foque em tudo o que você tem em Cristo. Foque na
motivação em Cristo, na exortação de Cristo, na comunhão do Espírito, na
afeição e compaixão do céu.
Se Cristo se tornar o nosso foco, não seremos como o médico em
Arkansas. Ele diagnosticou mal a paciente. Ele declarou que a mulher
estava morta. A família foi informada e o marido estava angustiado.
Imagine a surpresa da enfermeira quando ela descobriu que a mulher
estava viva! “É melhor você contar à família”, ela apressou o médico.
O médico embaraçado telefonou para o marido e disse, “Preciso
conversar com você sobre o estado da sua esposa”.
“O estado da minha esposa?”, ele perguntou. “Ela está morta”.
O orgulho do doutor apenas permitiu que ele admitisse, “Bem, ela teve
uma ligeira melhora”.
Ligeira melhora? Fale sobre um eufemismo! Lázaro está saindo do
túmulo e ele chama isso de uma “ligeira melhora”?
Ele estava tão preocupado com sua imagem que perdeu uma oportunidade
de celebrar. Nós rimos, mas não fazemos o mesmo? Nós vamos da cremação
para a celebração. Nós merecemos um banho de lava, mas nos foi dada uma
piscina de graça.
Contudo, ao olhar para os nossos rostos, você acharia que nossas
circunstâncias tiveram apenas uma “ligeira melhora”. “Como está a
vida?”, alguém pergunta. E nós que fomos ressuscitados da morte dizemos,
“Bem, as coisas poderiam estar melhores”. Ou “Não consegui uma vaga
para estacionar”. Ou “Meus pais não me deixarão mudar para o Havaí”. Ou
“As pessoas não me deixam em paz para que eu consiga terminar meu sermão
sobre egoísmo”.
Honestamente. Nós nos preocupamos com chuva ácida em revestimentos de
prata. Você acha que Paulo gostaria de ter uma palavra conosco? Você
está tão focado no que você não tem que está cego para o que você tem?
Você recebeu alguma motivação? Alguma comunhão? Alguma exortação? Então
você não tem motivo para alegria?
Venha. Venha sedento. Beba abundantemente da bondade de Deus.
Você possui um ingresso para o céu que nenhum ladrão pode levar,
um lar eterno que nenhum divórcio pode destruir.
Cada pecado da sua vida foi lançado ao mar.
Cada erro que você cometeu está pregado no madeiro.
Você foi comprado com sangue e feito para o céu.
Um filho de Deus – salvo para sempre.
Então seja agradecido, alegre – pois não é verdade?
O que você não tem é muito menos do que o que você tem.
Autor: Max Lucado
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