sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Robert Kalley, o precursor do evangelho no Brasil

O primeiro missionário protestante a atuar com êxito em várias regiões de língua portuguesa
Por Alderi Souza de Matos
O médico escocês Robert Reid Kalley é um notável pioneiro, tendo sido o primeiro missionário protestante a atuar com êxito em várias regiões de língua portuguesa dos dois lados do Atlântico, apesar dos formidáveis obstáculos que teve de enfrentar. Personagem controvertido e polêmico, caracterizado por um espírito empreendedor e independente, Kalley exerceu uma influência profunda e duradoura sobre o protestantismo luso-brasileiro, em diferentes aspectos.

De Glasgow à Ilha da Madeira
Robert Kalley nasceu em Mount Florida, um subúrbio de Glasgow, Escócia, no dia 8 de setembro de 1809. Seu pai, um próspero comerciante e dedicado membro da igreja, faleceu um ano mais tarde. Sua mãe voltou a casar-se, mas morreu em 1815, deixando o filho para ser criado pelo padrasto. Este também era membro da igreja e desejou que o jovem seguisse a carreira ministerial.

Aos vinte anos, em agosto de 1829, Robert diplomou-se cirurgião e farmacêutico pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de Glasgow, tendo feito os seus estudos práticos no Hospital Real da mesma cidade. Aceitou um emprego de médico de bordo em duas viagens a Bombaim, na Índia, tendo a oportunidade de visitar muitos portos, inclusive Funchal, na Ilha da Madeira. Sentiu em primeira mão a grande necessidade de médicos no Oriente.

Em 1832, Kalley começou a praticar a medicina em Kilmarnock, a cerca de 30 km de Glasgow, onde se destacou pela sua competência e veio a prosperar financeiramente. Desde a juventude havia sido um incrédulo e agnóstico, tendo sido influenciado pelos escritos do deísta Thomas Paine (1737-1809) e outros autores. Todavia, a atitude de uma paciente cristã, que enfrentou grandes sofrimentos com serenidade e fé, bem como as conversas que teve com ela, levaram o jovem médico a reconsiderar as asserções do cristianismo. O estudo da Bíblia, especialmente das profecias relativas aos judeus e à Palestina, levou-o à conversão e a um interesse pela evangelização dos judeus.

Kalley ofereceu os seus serviços à Junta de Missões da Igreja da Escócia como médico missionário e evangelista, mas a junta não o aceitou pelo fato de a China não estar incluída entre os seus campos missionários. Buscou então a Sociedade Missionária de Londres, que em fins de novembro de 1837 o admitiu como médico missionário para a China. Foi instruído a embarcar para o campo em 1839, devendo fazer, no ínterim, novos estudos médicos, além de estudos teológicos. Fechou o seu consultório médico e matriculou-se na Universidade de Glasgow, obtendo o grau de doutor em medicina em abril de 1838. Todavia, dois meses após a sua nomeação como missionário, ele havia ficado noivo de Margaret Crawford, de Paisley, cuja frágil saúde a desqualificava para o trabalho na China. A nomeação foi suspensa até uma ocasião oportuna.

Embora a China ainda estivesse nos seus planos, a deterioração da saúde da esposa fez com que Kalley planejasse levá-la por uns tempos para a Ilha da Madeira, cujo clima o havia encantado. Chegaram a Funchal no dia 12 de outubro de 1838. Logo que chegou, sentiu-se desafiado a empregar as suas aptidões e recursos para auxiliar a população pobre e analfabeta da ilha, e anunciar-lhe o evangelho.

Resolveu estudar a língua portuguesa e seguiu para Lisboa, onde, em 17 de junho de 1839, depois de ter sido examinado pela Escola Médico-Cirúrgica daquela cidade, foi habilitado para exercer a medicina nos territórios de Portugal. Seguiu então para Londres, para contatos com a Sociedade Missionária, à qual pedira que o ordenasse pastor e o nomeasse como seu agente na Ilha da Madeira. Em outubro do mesmo ano, ele retornou à Ilha da Madeira.

Em 1840, Kalley abriu um pequeno hospital com doze leitos em Funchal, com farmácia e consultório grátis para os pobres. Quase cinquenta pessoas o consultavam diariamente. As consultas eram precedidas por um pequeno culto em que ele lia e explicava as Escrituras e fazia uma oração. Seguia a mesma prática quando visitava os pacientes nos seus lares.

Kalley na Ilha da Madeira, em 1871

Ao mesmo tempo, utilizando recursos próprios e de amigos, abriu escolas diurnas para as crianças e noturnas para os adultos em vários pontos da ilha, nas quais as pessoas aprendiam a ler e eram instruídas nas Escrituras. Nessas escolas mais de 2000 pessoas aprenderam a ler, nos seis anos em que elas funcionaram. Nesse período, Kalley compôs os seus primeiros hinos e escreveu os seus primeiros tratados evangélicos para o povo. Milhares de exemplares das Escrituras foram distribuídos. Aos domingos, grandes grupos reuniam-se nas montanhas para ouvir a pregação do Evangelho e cantar.

O espectro da perseguição
A princípio, as autoridades elogiaram o Dr. Kalley pelas suas atividades filantrópicas, registrando em ata, em maio de 1841, a sua gratidão ao “bom doutor inglês”. O povo, reconhecendo os seus serviços, chegou a denominá-lo “o santo inglês”. O ano de 1842 foi particularmente frutífero no trabalho educacional e evangelístico. Porém, no final de janeiro do ano seguinte a hostilidade latente do clero deu início a um movimento anti-herético que, com a cooperação das autoridades civis, rapidamente assumiria proporções assustadoras.

Na Ilha da Madeira, as autoridades sucessivamente ordenaram o fechamento das escolas evangélicas, proibiram o Dr. Kalley de exercer a medicina e de realizar cultos domésticos e, invocando uma lei inquisitorial de 1603, o prenderam por seis meses sem direito a fiança (julho de 1843 a janeiro de 1844). Ele tinha a permissão de receber três visitantes de cada vez, mas não podiam cantar hinos e ler as Escrituras. Foram terminantemente proibidas a posse e a leitura da Bíblia, embora a versão distribuída fosse a do padre Antônio Pereira de Figueiredo. Após a sua libertação, o Dr. Kalley prosseguiu com o seu trabalho de modo mais limitado e cauteloso, concentrando-se na localidade de Santo Antônio da Serra, onde aos domingos chegavam a reunir-se seiscentas pessoas.

Após passar alguns meses na Escócia, onde falou sobre as suas experiências à Assembléia Geral da Igreja da Escócia em agosto de 1845, Kalley e sua esposa retornaram à Ilha da Madeira. Nos meses seguintes se desencadearam novas perseguições com fúria ainda maior. Os evangélicos continuaram sendo presos, espancados, apedrejados e alguns tiveram suas casas queimadas.

Kalley tornou-se o alvo principal dos perseguidores e multiplicaram-se ferozes ameaças de morte contra ele. Seus apelos ao cônsul britânico e às autoridades locais foram recebidos com frieza. Na manhã do dia 9, um domingo, a Sra. Kalley foi levada sob disfarce para a residência do cônsul, que havia ido para a sua casa de campo. Disfarçado como uma mulher enferma, o Dr. Kalley foi conduzido em uma rede para uma chácara e dali, antes do raiar do dia 9, foi levado para o navio inglês “Forth”, ancorado na baía de Funchal. Sua casa, móveis, equipamento médico, biblioteca e manuscritos foram todos destruídos em um incêndio, cuja fumaça ele pôde ver do navio. O hospital foi saqueado e muitas das escolas do interior foram queimadas, bem como todas as Bíblias e literatura evangélica que foram encontradas.

Interregno e transferência para o Brasil
Depois de passar algum tempo na Escócia e na Inglaterra, Kalley trabalhou como médico missionário durante dois anos na Ilha de Malta e outros dois na Palestina (1850-1852). Nesse período, sua esposa Margareth faleceu de tuberculose (1851).

No final do ano seguinte, ele contraiu segundas núpcias com Sarah Poulton Wilson (1825-1907), a quem conhecera na Palestina. Sarah nasceu em Nottingham, Inglaterra, sendo sobrinha pelo lado materno de Samuel Morley, rico industrial e filantropo, membro destacado do Parlamento Britânico e líder da igreja congregacional.

Sarah recebeu uma educação esmerada e cultivou muitos dotes artísticos, tornando-se boa pianista, pintora, poetisa e poliglota. Foi grande defensora do nascente movimento das Escolas Dominicais. Seu trabalho evangélico teve início em Torquay, onde dirigiu uma classe bíblica que se tornou instrumento para a conversão de muitos jovens. Devido às suas extraordinárias qualificações, Sarah deu contribuições à obra do esposo que exigem uma análise mais detalhada do que é possível neste estudo.

O casal Kalley partiu de Southampton em 9 de abril de 1855, chegando ao Rio de Janeiro no dia 10 de maio. No final de junho visitaram Petrópolis e ficaram bem impressionados com a cidade. Tendo feito amizade com a família do embaixador americano, Sr. Webb, que ocupava a bela propriedade de Gernheim, foi-lhes permitido iniciar ali uma escola dominical.

Na tarde do dia 19 de agosto, a Sra. Kalley iniciou a classe dominical com as crianças da casa e de uma família vizinha. Leram a história de Jonas, cantaram hinos e oraram. Assim nasceu a primeira Escola Dominical do Brasil. Algum tempo depois foi criada uma classe de adultos, dirigida pelo Rev. Kalley. Em 15 de outubro o casal mudou-se para Gernheim. A escola dominical cresceu e no ano seguinte surgiram classes em alemão, inglês e português, para crianças de oito anos para cima.

Primeira turma da Escola Bíblica Dominical

De agosto de 1855 a maio de 1856, Kalley escreveu várias cartas aos irmãos de Illinois, convidando-os para virem ajudá-lo no Brasil. Em dezembro de 1855 chegou William D. Pitt, que havia sido aluno de escola dominical de D. Sarah na Inglaterra, e em agosto de 1856 vieram Francisco da Gama, Francisco de Souza Jardim e Manoel Fernandes, com suas famílias.

No dia 10 de agosto daquele ano, na casa alugada por esses crentes no morro da Saúde, o Rev. Kalley oficiou pela primeira vez a Ceia do Senhor, com a presença de dez pessoas. O missionário viu desde o início a importância da literatura e convidou o Sr. Gama para trabalhar como colportor, o que este fez com muita eficiência, vendendo Bíblias e livros evangélicos. Algumas publicações foram encomendadas de Lisboa e outras produzidas pelo próprio Dr. Kalley. Ele também traduziu a famosa obra de John Bunyan, “A Viagem do Cristão” (O Peregrino), publicando-a no Correio Mercantil (outubro a dezembro de 1856) e depois em forma de livro. Também escrevia artigos religiosos nesse periódico.

Ao mesmo tempo, desde que chegou a Petrópolis, Kalley procurou relacionar-se com as autoridades civis, inclusive com o imperador Pedro II, do qual se tornou amigo. Como seu vizinho, este foi visitá-lo várias vezes para ouvir sobre as suas viagens através da Palestina.

O casal Kalley partiu para a Inglaterra no dia 17 de janeiro de 1857, a fim de visitar uma tia de Sarah que se achava gravemente enferma. De Londres, onde ficaram por alguns meses, Kalley enviou para o Rio de Janeiro uma grande quantidade de literatura. Chegaram de volta ao Brasil em 9 de outubro. Extremamente cauteloso após as perseguições sofridas na Ilha da Madeira, Kalley trabalhou dentro dos limites impostos pela lei brasileira, adotando como modelo básico de evangelização o “culto doméstico”.

No dia 8 de novembro, foi batizado o primeiro crente em Petrópolis, o português José Pereira de Souza Louro. No Rio, havia reuniões em português na casa de Francisco da Gama e em inglês na residência de William Pitt. Nos meses seguintes, começaram a surgir artigos na imprensa do Rio revelando preocupação com a propaganda protestante e a distribuição de “Bíblias falsas”.

O início da igreja evangélica brasileira
Em 11 de julho de 1858, Kalley batizou o seu primeiro converso brasileiro, Pedro Nolasco de Andrade, no Rio de Janeiro. Esse dia passou a ser considerado como a data da organização da “Igreja Evangélica”, mais tarde denominada Igreja Evangélica Fluminense (18-09-1863). Em Petrópolis, porém, não se chegou a organizar uma igreja, embora houvesse reuniões domésticas semanais, e os crentes ali batizados foram incorporados à igreja do Rio de Janeiro.

Primeira sede da Igreja Evangélica Fluminense

A igreja do bairro da Saúde foi a primeira comunidade evangélica de língua portuguesa a surgir no Brasil, isto é, a primeira igreja “de missão” que conseguiu lançar raízes permanentes no país. Todas as outras igrejas existentes naquela época ou anteriormente eram constituídas de estrangeiros. Kalley também continuou a exercer suas atividades como médico, prestando assistência gratuita aos pobres e oferecendo os seus serviços à comunidade.

Outro marco importante do ministério do Dr. Kalley foi o batismo de duas senhoras de alta posição, Gabriela Augusta Carneiro Leão e sua filha Henriqueta Soares do Couto, ocorrido em Petrópolis no dia 7 de janeiro de 1859. Dona Gabriela era irmã do Marquês do Paraná e do Barão de Santa Maria. Esse batismo parece ter contribuído para o surgimento de pressões contra o trabalho do missionário, que em 26 de maio daquele ano foi proibido de clinicar pelo subdelegado de Petrópolis.

No dia 29 de agosto de 1859, Kalley defendeu tese na Escola de Medicina do Rio de Janeiro, sendo reconhecido como médico e autorizado a exercer essa profissão no Brasil. Nesse ínterim, recebeu forte apoio de brasileiros e alemães de Petrópolis, que produziram abaixo-assinados em sua defesa.

No dia 2 de outubro foi formalmente eleito pastor da igreja a fim de poder realizar casamentos religiosos com efeitos civis, uma importante conquista dos protestantes brasileiros. Em novembro de 1865, preocupado com o fato de um membro da sua igreja possuir escravos, Kalley fez uma “exortação” expondo seu ponto de vista contrário à escravidão.

Em fins de 1873, o missionário foi para Recife, onde fundou a Igreja Evangélica Pernambucana, cujo primeiro pastor residente foi o Rev. James Fanstone (1851-1937), pai do Dr. James Fanstone (1890-1987), fundador do Hospital Evangélico Goiano, em Anápolis.

Em 31 de dezembro de 1875, foi eleito co-pastor da Igreja Fluminense o Rev. João Manoel Gonçalves dos Santos, um membro da igreja que havia estudado desde 1872 no “Pastor’s College”, de Charles H. Spurgeon, em Londres. Ele haveria de pastorear a igreja por quase quarenta anos.

Estando mais livre das preocupações do trabalho pastoral, o Rev. Kalley pôde dedicar-se à preparação de uma súmula das doutrinas aceitas pela Igreja Evangélica Fluminense, que recebeu o título de “Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo” e foi publicada em 1876. No dia 2 de julho daquele ano, após o acréscimo de um artigo sobre a natureza de Deus (atual artigo 4), a igreja aceitou formalmente os 28 artigos, que são até hoje a base doutrinária dos congregacionais brasileiros. Em novembro de 1880, o governo imperial haveria de sancionar tanto os artigos orgânicos (estatutos) da igreja quanto a sua base doutrinária.

O Dr. Kalley partiu definitivamente para a Escócia no dia 10 de julho de 1876, vindo a falecer em Edimburgo em 17 de janeiro de 1888. Até o seu falecimento, não deixou de corresponder-se com frequência com os líderes de suas igrejas no Brasil e em outros lugares de língua portuguesa (Portugal, Madeira, Trinidad, Illinois). Foi o pai espiritual e o mentor de toda uma geração de ministros e missionários que imitaram a sua visão, zelo e dedicação. Sentiu o desejo de criar uma sociedade missionária não-denominacional para enviar obreiros ao Brasil, desejo esse cumprido por sua esposa anos mais tarde, com a criação da sociedade “Help for Brazil” (Auxílio para o Brasil), precursora da União Evangélica Sul-Americana (UESA).

Igreja Evangélica Fluminense em 1914 (sede definitiva)

Peculiaridades pessoais e teológicas
Ao se avaliar a personalidade e contribuições desse missionário pioneiro, vários pontos merecem consideração, a começar do fato de que ele era movido por um profundo senso de vocação e de compromisso com a evangelização de outros povos. Ao deixar o conforto de sua terra natal e buscar o bem-estar material e espiritual desses povos, Kalley procurou identificar-se com as culturas em que trabalhou.

Seu uso da medicina e da educação como meios de serviço cristão e instrumentos para a evangelização continua válido até hoje. Outras estratégias que utilizou também se revelaram muito eficazes e exerceram uma influência duradoura sobre o protestantismo luso-brasileiro: reuniões informais nos lares; distribuição ampla das Escrituras e de literatura cristã; uso da imprensa diária para a publicação de artigos e livros (como fez no Rio de Janeiro ao publicar O Peregrino, de John Bunyan); produção de hinos visando a instrução dos crentes e a evangelização (hinos esses utilizados por muitas gerações de evangélicos); treinamento de líderes leigos como colportores e evangelistas.

Os esforços de Kalley no sentido de ter um bom relacionamento com as autoridades civis e outros líderes destacados, especialmente no Brasil, onde chegou a fazer amizade com o próprio imperador, expandiram os limites da liberdade religiosa e ajudaram a preparar as condições para a introdução e rápido crescimento do protestantismo.

Kalley ocupa um lugar de honra na história das modernas missões protestantes. No que diz respeito ao Brasil, ele estabeleceu a primeira igreja protestante permanente entre os brasileiros de língua portuguesa e foi instrumento para a abertura das portas para a evangelização do povo brasileiro. Através de sua amizade com elementos destacados da sociedade, dos seus métodos de trabalho, de suas consultas a juristas respeitados e de suas reações a tentativas de intimidação por parte do clero, ele contribuiu para a ampliação da liberdade religiosa no Brasil, que veio a ser usufruída por outros missionários e igrejas.

Através de suas práticas evangelísticas, dos cultos domésticos e da escola dominical, do uso da hinologia, literatura e imprensa, de seus colportores e conversos que depois se tornaram presbíteros, pastores e evangelistas em outras igrejas, Kalley exerceu uma profunda influência sobre os mais diferentes aspectos do protestantismo nacional. Em especial, seu modelo de evangelização e culto exerceu uma influência profunda e duradoura na cultura evangélica brasileira.

A venda de Bíblias e Novos Testamentos de casa em casa, a distribuição de folhetos, as conversas com amigos e colegas de trabalho sobre Cristo e os convites para participar dos cultos domésticos diários foram formas não-agressivas e criativas que permitiram a inserção da nova opção religiosa num período em que ainda existiam diversas restrições legais à propaganda protestante.

Kalley tornou-se um marco na história das missões e um pioneiro reverenciado no vasto mundo de língua portuguesa. Dezenas de homens e mulheres influenciados por ele divulgaram a mensagem cristã e plantaram igrejas na Ilha da Madeira, nas Antilhas, nos Estados Unidos, em Portugal e no Brasil. Seu trabalho continua a produzir frutos no presente. Pessoas que pouco sabem a seu respeito são herdeiras do seu ministério e seguem as suas pegadas. A sua coragem, heroísmo e fidelidade continuam a inspirar os cristãos evangélicos no cumprimento da tarefa inacabada.

Fonte: Resumo e adaptação do artigo “ROBERT REID KALLEY - Pioneiro do protestantismo missionário na Europa e nas Américas”, de Alderi Souza de Matos.
Publicado pelo Portal do Instituto Presbiteriano MACKENZIE.
http://www.mackenzie.br/7041.html

Um comentário:

  1. Acabei de ler o livro "Jornada no Império", que relata a vida do Dr. Robert Kalley em Madeira e posteriormente no Brasil. Admirável homem de Deus, que legado maravilhoso deixou para o evangelho no Brasil. Obrigada por compartilhar.
    Deus abençoe!!

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