domingo, 5 de agosto de 2012

Líder judeu defende que mulheres devem viver em casa e receber menos educação: “O lar é o habitat natural para as mulheres”



O líder judeu Zvi Tau, presidente da Har Hamor Yeshiva (centro de ensinos religiosos da Torá e do Talmud), escreveu um documento no qual orienta que “o lugar das mulheres é em casa”, e que as mulheres não devem receber o mesmo nível de instrução que os homens.
Intitulado “Quem me criou como ele desejou”, o folheto escrito por Tau, que é um dos mais influentes líderes ultraortodoxos de Israel, recomenda uma doutrina considerada radical até mesmo para alas mais ortodoxas do judaísmo. O texto causou polêmica e manifestações de repúdio por todo o mundo.
O documento foi escrito para uso interno, mas acabou vazando através do jornal Haaretz, que teve acesso ao folheto e publicou trechos em sua edição eletrônica nesta terça-feira (31/07).
- O lar é o habitat natural para as mulheres expressarem suas tendências especiais, e não locais de atividade social (…) Em casa, sem confusão (…) é onde uma mulher pode viver sua vida plenamente – afirma o documento, que diz que crianças nascidas de famílias onde as mulheres se dedicam a um trabalho serão “fracas e flácidas”.
O religioso defende ainda que a noção de que homens e mulheres devam ser tratados com igualdade e receber a mesma educação só é capaz de gerar frutos a curto prazo. Ele afirma que, no futuro, essa tendência irá “prejudicar a qualidade de vida da nação e da sociedade, já que o verdadeiro caráter feminino não estará desenvolvido e fará falta ao mundo. A sociedade e a nação devem se esforçar para aprimorar os atributos especiais inerentes à mulher”.
De acordo com ele, homens e mulheres têm papeis diferentes. Ele defende que enquanto as mulheres tem mais “poder emocional”, os homens nasceram com “maior capacidade intelectual”.
Zvi Tau, nascido na Áustria, é considerado um importante líder religioso e apoiador de conceitos nacionalistas que consideram o Estado de Israel sagrado. Entre suas declarações no documento, o religioso afirma que as mulheres não foram feitas para se ocuparem com questões “tão profundas quanto a ciência e a moral”, e sim a dar à luz, alimentar e cuidar de crianças.

Redação Gospel+

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